quarta-feira, 9 de agosto de 2006

Maquiavélico


O moralista angustia-se poque a política não se enquadra nos seus valores morais individuais e termina por renunciar à própria ação política. Dessa forma, contribui objetivamente para que prevaleça outra política.

Quando os homens não são forçados a lutar por necessidade, lutam por ambição.

Para dizer que vai acontecer, é preciso entender o que já aconteceu.

Há três espécies de cérebros: uns entendem por si próprios; os outros discernem o que os primeiros entendem; e os terceiros não entendem nem por si próprios nem pelos outros; os primeiros são excelentíssimos; os segundos excelentes; e os terceiros totalmente inúteis.

A poucos homens é dado retificar os erros que cometem.

Os preconceitos têm raízes mais profundas que os princípios.

É defeito comum dos homens não levar em conta, na prosperidade, a adversidade.

Os homens raramente têm valor bastante para ser inteiramente bons ou inteiramente maus.

O ministro deve morrer mais rico de boa fama e de benevolência que de haveres.

Só é durável a submissão voluntária.

Não são os títulos que ilustram os homens - são os homens que ilustram os títulos.

O ódio é o produto tanto das boas obras como das infames.

A perda de toda devoção e religião atrai um sem-número de inconvenientes e desordens.

As terras são bens mais estáveis e firmes que os fundados na indústria mercantil.

A nobreza cortesã é um veneno que mina a liberdade dos povos.

Em qualquer ação, é coisa detestável empregar o engano.

Quem engana há de sempre encontrar os que permitem ser enganados.

Os homens cometem sempre o erro de não saber por limites às suas esperanças.

Os homens esquecem mais facilmente a morte do pai que a perda dos bens.

(Nicolau Maquiavel - 1469-1527 - Pensador)

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