sábado, 31 de março de 2007
sexta-feira, 30 de março de 2007
Enquete
Muito se comentou sobre O peregrino quando ele foi lançado nos Estados Unidos. O livro recebeu elogios dos críticos, sendo comparado ao cultuado romance 1984, de George Orwell, com seu notável Big Brother. John Twelve Hawks apresenta grandes teorias sobre livre arbítrio e determinismo, controle da sociedade e dimensões alternativas, enquanto impressiona seus leitores com um conhecimento que vai desde o Novo Testamento à complexa teoria das cordas, amarrado numa prosa com imagens poéticas que faz lembrar Ray Bradbury ou Philip K. Dick. Além de trazer uma temática instigante - um mundo onde as pessoas estão sob a vigilância constante do Estado - O peregrino também chamou a atenção da mídia por outro motivo: o autor é um fantasma. Ninguém teve contato direto com John Twelve Hawks (que não é o nome verdadeiro do escritor e, traduzido para o português, seria algo como João Doze Falcões), nem mesmo seus editores americanos e seu agente. Ele vive "desconectado" e recluso do mundo propositadamente, para evitar ser monitorado pelo governo norte-americano, que, segundo Twelve Hawks, usa a tecnologia para rastrear cada passo das pessoas. Todos garantem, no entanto, que ele é real, não um golpe promocional, e que se trata de um escritor estreante. Em Londres, uma jovem e atraente designer tenta levar uma vida normal. Maya prefere ignorar o fato de que descende de uma longa linhagem de Arlequins, guerreiros cuja missão é proteger os Peregrinos a qualquer custo. Os planos de Maya, no entanto, são interrompidos quando ela descobre que dois Peregrinos foram encontrados na Califórnia e que suas vidas estão em risco. Apesar de relutante em se deixar arrastar para a vida destrutiva e solitária de seus ancestrais, ela foi treinada para lutar desde criança. Mercenários a serviço da Tábula, uma misteriosa organização determinada a pôr ordem no mundo, controlando em segredo a população, estão à procura dos irmãos Corrigan. Os membros da Tábula temem que o poder dos Peregrinos possa colocar o trabalho da corporação em risco, e durante gerações têm se dedicado a exterminar os que ousam se interpor entre eles e a desavisada população. Fantasioso demais? Talvez. Mas o autor é um ótimo contador de histórias e faz dessa luta extraordinária do bem contra o mal algo totalmente crível. O ritmo é acelerado, os personagens instigantes e memoráveis. O peregrino vai além para nos dar novos insights sobre nosso passado e o modo como escolhemos viver nossas vidas. P.S. Lembra também 'Os Invisiveis', de Grant Morrison, o que não é pouco. |
quarta-feira, 28 de março de 2007
terça-feira, 27 de março de 2007
segunda-feira, 26 de março de 2007
domingo, 25 de março de 2007
Donatelo vence Leônidas
O cenário onde se passa a história de Diário, romance de Chuck Palahniuk (que a Rocco está lançando no Brasil), é a ilha norte-americana de Waytansea, onde um resort irretocável atrai turistas endinheirados. Mas este não seria um livro de Palahniuk (Clube da Luta, O sobrevivente) se seus personagens não expusessem o que há de mais bizarro e doentio na América, com um toque de terror moderno. Desta vez, o leitor é apresentado ao casal Peter e Misty Marie Wilmot, dois perdedores natos que não têm o menor respeito pelas pessoas � nem por eles próprios.
Peter está em coma desde que ingeriu uma superdose de comprimidos para dormir. É enquanto ele vegeta que Misty, sua mulher, conhece-o cada vez melhor, pois ela descobre novas e desabonadoras histórias sobre o marido dia após dia. Ela o culpa por sua vida de privações e, para extravasar o ódio crescente que tem dele, resolve manter um "diário do coma", em que ela relata o horror de sua rotina. Isso é para mantê-lo atualizado dos fatos, caso saia do coma.
(Sinopse da Rocco.)
Galilee é o mais novo romance de Clive Barker, autor de livros como Sacramento e o Desfiladeiro do Medo, além de criador dos famosos filmes de horror Hellraiser - Renascido do Inferno e Candyman. Traz uma história envolvente, que penetra no lado sinistro dos Estados Unidos com uma grande visão metafísica - uma das marcas registradas de Barker, que sabe como ninguém dosar fantasia e psicologia. É um verdadeiro épico da moderna literatura gótica. Ricos e poderosos, os Geary encontram-se no topo da sociedade americana. Mas a família guarda segredos terríveis e sombrios, que vão muito além de um histórico de corrupção e da hostilidade contra os Barbarossa - um clã cuja origem está perda no tempo, envolvida em mito e misticismo. Quando Galilee, o príncipe pródigo dos Barbarossa, se apaixona pela recém-casada Rachel Geary, o ódio reprimido entre as famílias emerge numa intensidade mutuamente destrutiva... que evocará espectros de traição, loucura e morte. As raízes das dinastias se revelarão fincadas em um solo sinistro e repleto de surpresas. (Sinopse da Siciliano.) Este livro é o mais recente lançamento de Barker no Brasil.