segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Star Wars - C-3PO




Acabou agora há pouco uma entrevista coletiva com os organizadores da Exposição Star Wars Brasil e o ator Anthony Daniels, o C-3PO. Sobre o evento, que começa em 1º de março de 2008 e fica em São Paulo até 22 de junho, pouco foi acrescentado em relação ao que já havíamos divulgado dois dias atrás.
Ouvimos apenas confirmações de que a exposição brasileira será baseada na que viajou a Ásia, mas com muitos elementos únicos, incluindo cenografia totalmente desenvolvida para o Porão das Artes da Bienal, no Parque do Ibirapuera. Teremos por lá cerca de 200 itens utilizados na produção da Saga, entre maquetes, veículos em tamanho real e em escala, figurinos, artes conceituais, bonecos, robôs e mobília.
Uma das boas notícias é que, assim como a Star Wars Exhibition, que está atualmente em cartaz em Londres e o Omelete já conferiu, a Escola Jedi vai ganhar no país a sua versão, ensinando aos jovens padawans os conceitos jedis.
Nada foi confirmado sobre a vinda de outros atores, mas pessoas que trabalharam com os efeitos especiais e produção com certeza virão ao Brasil enquanto a exposição estiver rolando, para eventos como palestras e exibições dos filmes.
Mas agora vamos ao que realmente interessa, a visita de Anthony Daniels.
Depois de enfrentar um trânsito caótico e me perder pelas ruas dos Jardins, consegui chegar ao local da entrevista. Na porta estava um Anthony Daniels elegantemente vestido de preto, segurando um C-3PO na mão e esperando a sua deixa para entrar na sala. Assim que seu nome foi anunciado, entraram ele, e eu logo na cola, como o inseparável R2-D2.
Daniels foi um maestro regendo o evento. Ele mandava desligar a música, traduzir as perguntas, questionava como se falava essa ou aquela expressão em português. Tudo com um bom humor maior do que qualquer wookie.
Ele falou do seu primeiro encontro com George Lucas "Ele queria me mostrar 2001 - Uma Odisséia no Espaço, porque eu tinha saído no meio da sessão. Sim, é verdade!"; explicou que um dos elementos que torna Star Wars tão cultuado é a força dos seus personagens: "Alguém aqui gosta do Jar-Jar Binks? Não? Mas ele é muito famoso entre as crianças".
Assuntos e fãs não faltavam. Quando questionado se gostava de participar de eventos como o que teremos no Brasil, pois esta é a chance das pessoas reconhecerem o seu rosto, ele disse que "no início, George Lucas não queria que as pessoas soubessem que tinha uma pessoa dentro da armadura, o que era frustrante para mim. Ele queria manter a fantasia de o C-3PO era um andróide de verdade. Mas hoje as pessoas me conhecem."
Foi neste momento que ele falou que ao voltar para Londres, na semana que vem, ele vai começar a gravar as vozes do C-3PO para a animação que está sendo criada com lançamento previsto para 2008.
E com um gancho destes, tive que perguntar:
- E a série live-action, você também vai participar dela?
Daniels, com uma cara um pouco entristecida, disse:
- Nada foi definido sobre a série de TV ainda. A grande pergunta para mim é 'eu vou querer participar disso de novo?' Quando comecei a trabalhar em Star Wars, meu cabelo era longo e negro. Acho que George Lucas e eu estamos ficando muito velhos para isso. A dificuldade para mim seria deixar o C-3PO, porque sou muito ligado a ele. Ele tem sido meu amigo há 30 anos, já.
- Talvez Lucas possa fazer uma versão em computação gráfica e você possa emprestar a sua voz, como no desenho animado - continuei.
- Eles têm um C-3PO em computação gráfica, mas não é muito bom. Eu não gosto. Tem algo muito diferente no personagem, que é sua composição parte máquina, parte humano. E você não consegue isso com computação - completou Daniels.
Sobre as exposições, o ator inglês se disse muito feliz em participar delas, dizendo que só este ano já deve ter se encontrado com mais de 60 mil fãs ao redor do planeta. "E uma das partes que mais me interessam é o lado educacional da exibição", disse Daniels, que volta ao Brasil em março, para a abertura do evento.
Fonte: Omelte (dia 20/09/2007)

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