"The Spirit é, com todo o esforço que tenho colocado no filme, algo longe de um monumento velho, enferrujado e empoeirado ao trabalho do meu amado mentor. É mais uma extensão do que, pelo que sei, era a intenção central de Eisner: criar algo novo, radical e inovador. Foi o que ele fez. É o que eu estou fazendo.Só lembra Sin City pelo fato de ser eu o diretor - e, bem, eu tenho meus estilos e minhas inclinações. Por sorte, eu fui capaz de identificar três inclinações que divido com o mestre. Ambos amamos boas histórias. Ambos amamos Nova York. E ambos amamos belas mulheres.
Sobre a roupa azul [como Spirit originalmente se veste nos quadrinhos]. Antes da impressão digital, quadrinhos tinham o problema das cores de certas tintas no papel, e tudo que era preto acabava impresso em azul por necessidade. Em testes - e fizemos vários - o azul fazia o Spirit ficar parecendo na tela um convidado azarado numa festa de Dia das Bruxas. Optar pelo preto traz de volta seu mistério essencial, sua sensualidade tipo Zorro. E isso faz o vermelho da gravata ficar mais legal.
E The Spirit é uma espécie de Sin City Redux? Não. Sin City, meus amigos, é meu bebê, e tem aquela cara por suas próprias razões. Spirit é e sempre será o Spirit de Eisner. Qualquer pessoa que visse o set poderia atestar: eu frequentemente desenhava um storyboard para determinada cena primeiro da maneira como eu imaginava, depois desenhava da maneira como Will imaginaria. Em todos os casos acabei escolhendo a versão de Will.
A despeito da primeira impressão deixada pelo teaser trailer fodão, The Spirit é um filme a plenas cores. E Sin City - do qual eu espero construir uma trilogia, chova ou faça sol - é basicamente preto-e-branco."
Fonte: Omelete
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