terça-feira, 30 de janeiro de 2007


O jornal The New York Times conversou com e Quentin Tarantino e Robert Rodriguez . Eles falaram de Grind House, longa composto de dois médias, um de Tarantino e outro de Rodriguez. E, como sempre, os cineastas são os mais empolgados com os seus projetos.

"Acredito que ninguém nunca pensou nisso antes", começou Rodriguez, a respeito da já famosa prótese em forma de metralhadora que Rose McGowan usa em "Planet Terror", o seu média-metragem. "A sua mente vai até as idéias mais loucas para arrastar as pessoas ao cinema, e daí o resto você roteiriza a partir desses elementos." Rodriguez aproveitou para dizer que o média já virou longa. Ficou, ao fim, com 80 minutos de duração.

O verborrágico Tarantino, claro, não ficaria atrás: o seu "ex-média", "Death Proof", terminou com 90 minutos. Para ligar um ao outro, são quatro os trailers falsos: um ainda sem título dirigido por Edgar Wright, diretor de Todo Mundo quase Morto; outro por Eli Roth (Cabana do Inferno), intitulado Thanksgiving; o terceiro de Rob Zombie (A casa dos 1000 corpos, Rejeitados pelo Diabo), Werewolf Women of the SS; e o último de Rodriguez, Machette, protagonizado por seu ator-fetiche, sempre cercado de armas brancas, Danny Trejo.

Como parte da brincadeira, os dois "envelheceram" os filmes, para deixar com cara de produção B, típica das chamadas grindhouses, cinemas de subúrbio nos anos 70 com sessões duplas. "Ficou parecendo um filme popular que já foi exibido várias vezes, tem riscos na película, a textura é de filme velho, como se você estivesse assistindo algo que não devesse", disse Tarantino. Como nos velhos grindhouses alguns filmes eram exibidos com rolos faltando, ele decidiu brincar com a nova geração: seu filme terá, literalmente, lacunas no meio. "Eu garanto, quando aparecer na tela 'Rolo Faltando' o cinema inteiro vai surtar."

Ao que parece, Rodriguez não usará do mesmo recurso. "Meu filme é muito parecido com os clássicos de John Carpenter. Tudo acontece à noite, coisas bizarras acontecem, mas tudo é interpretado com seriedade. Mesmo que ela esteja armada com uma prótese-metralhadora, isso não é pra ser uma piada", completou. Tarantino emenda: "A idéia do meu filme é algo que eu tinha há tempos na cabeça: um dublê reforça seu carro a ponto dele ficar indestrutível. Você pode dirigir a 100 milhas por hora e bater numa parede só pra ver o que acontece".

"Death Proof terá uma das maiores perseguições de carro, senão a maior, jamais feita. Pego Top 3 com certeza. E esse filme tem alguns dos melhores diálogos que eu já escrevi na vida. Quando terminei o roteiro até mandei para Bob Dylan. Achei que ele fosse apreciar a linguagem", concluiu. Até agora Dylan não responde.

Noticia surrupiada do Omelete.

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