segunda-feira, 30 de abril de 2007

BOM PARA A ALMA: LOIRA TÍMIDA

Das palavras de T. S. ELIOT



OS HOMENS OCOS


.............................."A penny for the Old Guy"
...............................("Um pêni para o Velho Guy")

Nós somos os homens ocos
Os homens empalhados
Uns nos outros amparados
O elmo cheio de nada. Ai de nós!
Nossas vozes dessecadas,
Quando juntos sussurramos,
São quietas e inexpressas
Como o vento na relva seca
Ou pés de ratos sobre cacos
Em nossa adega evaporada

Fôrma sem forma, sombra sem cor
Força paralisada, gesto sem vigor;

Aqueles que atravessaram
De olhos retos, para o outro reino da morte
Nos recordam — se o fazem — não como violentas
Almas danadas, mas apenas
Como os homens ocos
Os homens empalhados.

II

Os olhos que temo encontrar em sonhos
No reino de sonho da morte
Estes não aparecem:
Lá, os olhos são como a lâmina
Do sol nos ossos de uma coluna
Lá, uma árvore brande os ramos
E as vozes estão no frêmito
Do vento que está cantando
Mais distantes e solenes
Que uma estrela agonizante.

Que eu demais não me aproxime
Do reino de sonho da morte
Que eu possa trajar ainda
Esses tácitos disfarces
Pele de rato, plumas de corvo, estacas cruzadas
E comportar-me num campo
Como o vento se comporta
Nem mais um passo

— Não este encontro derradeiro
No reino crepuscular


III

Esta é a terra morta
Esta é a terra do cacto
Aqui as imagens de pedra
Estão eretas, aqui recebem elas
A súplica da mão de um morto
Sob o lampejo de uma estrela agonizante.

E nisto consiste
O outro reino da morte:
Despertando sozinhos
À hora em que estamos
Trêmulos de ternura
Os lábios que beijariam
Rezam as pedras quebradas.

IV

Os olhos não estão aqui
Aqui os olhos não brilham
Neste vale de estrelas tíbias
Neste vale desvalido
Esta mandíbula em ruínas de nossos reinos perdidos

Neste último sítio de encontros
Juntos tateamos
Todos à fala esquivos
Reunidos na praia do túrgido rio

Sem nada ver, a não ser
Que os olhos reapareçam
Como a estrela perpétua
Rosa multifoliada
Do reino em sombras da morte
A única esperança
De homens vazios.

V

Aqui rondamos a figueira-brava
Figueira-brava figueira-brava
Aqui rondamos a figueira-brava
Às cinco em ponto da madrugada

Entre a idéia
E a realidade
Entre o movimento
E a ação
Tomba a Sombra
........................Porque Teu é o Reino

Entre a concepção
E a criação
Entre a emoção
E a reação
Tomba a Sombra
...................A vida é muito longa

Entre o desejo
E o espasmo
Entre a potência
E a existência
Entre a essência
E a descendência
Tomba a Sombra
........................
Porque Teu é o Reino
Porque Teu é
A vida é
Porque Teu é o

Assim expira o mundo
Assim expira o mundo
Assim expira o mundo
Não com uma explosão, mas com um suspiro.



"ESTE É UM MUNDO ESTRANHO..."
"VAMOS MANTÊ-LO ASSIM."



DOCTOR WHO PARA BAIXAR E +

Achei um site para baixar Dr. Who, Torchwood e outros. Onde? Clique na imagem!

sábado, 28 de abril de 2007

THE IRON MAN: TONY 'CACHAÇA' STARK PREPARA A ARMADURA DO HOMEM DE FERRO


sexta-feira, 27 de abril de 2007




No country for old men

E sairam as primeiras imagens do novo filme dos irmãos Coen (E aí, irmão, cadê você? e Fargo, entre outras maravilhas do cinema como Barton Fink, Ajuste Final, Gosto de sangue e O Homem que não estava lá), baseado no livro de Cormac McCarthy (Meridiano sangrento, A Trilogia da Fronteira), e com um elenco de peso: Javier Bardem, Woody Harrelson, Stephen Root, Tommy Lee Jones, e Tim Blake Nelson. A história se passa nos anos 80 no Texas e conta como um veterano do Vietnan aproveita uma mal sucedida transação de venda de drogas para fugir com o dinheiro. Dois assassinos passam, então, a caça-lo. O filme estréia, de acordo com o Omelete, no segundo semestre lá fora.



Atualizado:


“Um romance que entretém, de um dos melhores escritores americanos. McCarthy é um grande contador de histórias.” –The Washington Post


“Como os romancistas que admira – Melville, Dostoiévski, Faulkner –, Cormac McCarthy criou uma obra de imaginação maior e mais profunda do que qualquer livro. Tais autores lutam corpo a corpo com os próprios deuses.” – Michael Dirda, The Washington Post Book World


“Este livro te deixará sem fôlego e perplexo.” – Sam Shepard


Escritor elogiado pela crítica, com os prêmios Faulkner Award, National Book Award e National Book Critics Circle Award no currículo, Cormac McCarthy apresenta em Onde os Velhos Não Têm Vez um “faroeste sem compaixão”, que lembra os filmes de Quentin Tarantino, como bem comparou o jornal The New York Times. O livro mistura ação, suspense e violência numa prosa ágil e enxuta.

Ambientado nos anos 80, na fronteira do Texas com o México, a trama tem três personagens centrais: Llwelyn Moss, um caçador que acidentalmente encontra um carro com corpos crivados de bala, um carregamento de heroína e mais de dois milhões de dólares abandonados no meio do deserto; o xerife Bell, encarregado de investigar o caso; e o psicopata Anton Chigurh, contratado por um cartel para reaver o dinheiro.

Quando decide pegar o dinheiro e fugir, Moss passa de caçador a caça. A narrativa se transforma, então, em uma eletrizante história de suspense e perseguição, em que cada personagem parece determinado a encontrar a resposta à pergunta que um deles faz: como se decide o que sacrificar na vida?

Cormac McCarthy conta a história em duas vozes narrativas distintas. A maior parte do texto é narrada em terceira pessoa, intercalada com as reminiscências do xerife Bell, em primeira pessoa. O personagem é porta-voz das reflexões de McCarthy sobre temas sempre presentes em sua obra, como niilismo e existencialismo. O xerife vocifera sobre como o país muda para pior, fala das pessoas que não têm mais boas maneiras, do aumento de crimes horríveis e de como ninguém "respeita mais a lei". Para a revista Publishers Weekly, “a ação do romance é arrebatadora, mas é a sabedoria do xerife Bell que faz do livro uma meditação profunda sobre a batalha do bem e do mal”.

O filme deve estrear no Brasil em 2007.

SOBRE O AUTOR

O escritor nasceu em 1933, na cidade de Province, em Rhode Island, Estados Unidos. Filho de um advogado bem-sucedido, McCarthy foi o terceiro de seis irmãos. Em 1951, matriculou-se no curso de artes liberais da Universidade do Tennessee. Alistou-se na Força Aérea americana em 1953 e serviu durante quatro anos, dos quais dois foram passados no Alasca, onde ele apresentou um programa de rádio. De volta à universidade em 1957, McCarthy publicou dois contos em um jornal de estudantes, sendo agraciado com o prêmio Ingram-Merril em 1959 e 1960.

Em 1961, casou-se com sua colega de universidade Lee Hollean, com quem teve um filho, Cullen. McCarthy decidiu abandonar os estudos e partir com a família para Chicago, onde escreveu seu primeiro romance, The Orchard Keeper, publicado pela Random House em 1965. O autor conta que enviou o manuscrito para a editora porque “era a única de que já tinha ouvido falar”. Na Random House, seu romance caiu nas mãos de Albert Erskine, que havia sido editor de William Faulkner e acabaria trabalhando com McCarthy pelos vinte anos seguintes.

The Orchard Keeper recebeu o Faulkner Award. Em 1992, McCarthy publicou Todos os Belos Cavalos, primeiro volume de sua extraordinária Trilogia da Fronteira, seguido de A Travessia (1994) e Cidades da Planície (1998). Todos os Belos Cavalos recebeu dois dos prêmios literários mais importantes dos Estados Unidos – o National Book Award e o National Book Critics Circle Award – e deu origem a um filme com Matt Damon e Penélope Cruz.

McCarthy leva uma vida extremamente reservada e raramente concede entrevistas. Atualmente, dedica boa parte de seu tempo à comunidade acadêmica de Santa Fé, no Novo México, onde vive. É casado com Jennifer e tem dois filhos.

Um Trecho de:

No country for old men

(Onde os Velhos Não Têm Vez)

Mandei um garoto para a câmara de gás em Huntsville. Foi só um. Eu prendi e testemunhei contra ele. Fui até lá conversar com ele duas ou três vezes. Três vezes. A última foi no dia da execução. Eu não tinha que ir, mas fui. Claro que não queria ir. Ele tinha matado uma garota de catorze anos e posso te dizer hoje que nunca tive muita vontade de conversar com ele, muito menos de ir à sua execução, mas fui. Os jornais diziam que tinha sido um crime passional e ele me disse que não havia paixão nenhuma naquilo. Andava saindo com essa garota, mesmo tão jovem como ela era. Ele tinha dezenove. E me disse que estava planejando matar alguém desde quando era capaz de se lembrar. Disse que se o soltassem ia fazer de novo. Disse que sabia que ia para o inferno. Disse isso para mim com sua própria boca. Não sei o que pensar disso. Não sei mesmo. Achei que nunca tinha visto uma pessoa assim e fiquei me perguntando se ele seria de uma nova espécie. Fiquei observando enquanto amarravam ele no assento e fechavam a porta. Ele talvez parecesse um pouco nervoso, mas era tudo. Eu realmente acredito que ele sabia que estaria no inferno dentro de quinze minutos. Acredito nisso. E já pensei um bocado a respeito. Não era difícil conversar com ele. Me chamava de Xerife. Mas eu não sabia o que dizer a ele. O que você diz a um cara que, segundo ele mesmo, não tem alma? Por que você diria alguma coisa? Pensei bastante sobre isso. Mas ele não era nada comparado ao que viria pela frente.

Dizem que os olhos são a janela da alma. Não sei para onde aquelas janelas davam e acho que preferiria nem saber. Mas há uma outra visão do mundo lá fora e outros olhos para enxergarem essa visão e é aí que estou querendo chegar. Me trouxe a um lugar na minha vida com que eu não teria sonhado. Em algum lugar lá fora há um profeta da destruição vivo e verdadeiro e eu não quero confrontá-lo. Sei que ele é real. Já vi sua obra. Caminhei diante desses olhos uma vez. Não vou fazer isso de novo. Não vou me arriscar a me levantar e ir lá me encontrar com ele. Não é só por ser mais velho. Queria que fosse por isso. Não posso dizer nem que seja pelo que se está disposto a fazer. Porque eu sempre soube que você tem que estar disposto a morrer se quer fazer esse trabalho, para começo de conversa. Isso sempre foi a verdade. Não é para me gabar, mas é o que é. Se não estiver disposto, eles vão saber. Vão ver isso num piscar de olhos. Acho que se trata mais daquilo que você está disposto a se tornar. E acho que um homem teria que colocar sua alma a prêmio. E eu não vou fazer isso. Acho agora que talvez nunca viesse a fazer.

O subdelegado deixou Chigurh de pé no canto do escritório com as mãos algemadas nas costas enquanto se sentava na cadeira giratória e tirava o chapéu e colocava os pés para cima e ligava para Lamar pelo rádio.

Ele simplesmente entrou pela porta. Xerife ele levava um troço no corpo como um desses tanques de oxigênio para enfisema ou sei lá o quê. Mas tinha uma mangueira que descia pela parte de dentro da manga e levava até um daqueles aparelhos de dar choque como os que usam no matadouro. Sim senhor. Bem era isso o que parecia. Pode ver quando chegar.

Sim senhor. Está tudo sob controle. Sim senhor.

Quando ele se levantou da cadeira puxou as chaves que estavam presas ao cinto e abriu a gaveta da escrivaninha para pegar as chaves da cela. Estava ligeiramente curvado quando Chigurh se agachou e passou rapidamente as mãos algemadas por baixo dele até a parte de trás dos joelhos. No mesmo movimento sentou-se e rolou para a frente e passou a corrente por baixo dos pés e então se pôs de pé no mesmo instante e sem esforço algum. Se parecia algo que ele tivesse feito muitas vezes, foi mesmo. Passou as mãos algemadas por cima da cabeça do subdelegado e deu um salto no ar e jogou os dois joelhos contra a nuca do subdelegado e puxou de volta a corrente.

Caíram no chão. O subdelegado tentava passar as mãos por dentro da corrente, mas não conseguia. Chigurh não parava de puxar as algemas com os joelhos entre seus braços e a cabeça virada para fora. O subdelegado desferia golpes para todo lado e tinha começado a girar sobre o chão num círculo, chutando a lata de lixo, chutando a cadeira para o outro lado da sala. Com um chute fechou a porta e embolou o tapete ao redor deles. Sua boca gorgolejava e sangrava. Estava engasgando com seu próprio sangue. Chigurh só fez puxar com mais força. As algemas niqueladas chegaram ao osso. A carótida direita do subdelegado arrebentou e um jato de sangue esguichou pela sala e atingiu a parede e escorreu por ela.

O movimento das pernas do subdelegado ficou mais lento e depois cessou. Ele foi sacudido por espasmos. Então parou de se mexer por completo. Chigurh ficou respirando bem quieto, segurando-o. Quando se levantou tirou as chaves do cinto do subdelegado e se soltou e colocou o revólver do subdelegado na cintura de sua calça e foi para o banheiro.

Deixou a água fria correr sobre seus punhos até que eles parassem de sangrar e rasgou pedaços de uma toalha de mão com os dentes e amarrou-os sobre os punhos e voltou à sala. Sentou-se na mesa e prendeu as ataduras com fita adesiva de um porta-durex, estudando o morto de boca aberta no chão. Quando terminou tirou a carteira do subdelegado do bolso e pegou o dinheiro e o colocou no bolso da camisa e jogou a carteira no chão. Então pegou seu tanque de ar e o aparelho de choque e saiu pela porta e entrou no carro do subdelegado e ligou o motor e deu ré e saiu e pegou a estrada.

Na interestadual avistou um Ford sedã modelo recente ocupado apenas pelo motorista e acendeu os faróis e fez soar brevemente a sirene. O carro parou no acostamento. higurh parou atrás e desligou o motor e colocou o tanque sobre o ombro e saiu. O homem o observava pelo retrovisor enquanto ele se aproximava.

Qual o problema, seu guarda? perguntou.

O senhor pode por favor sair do veículo?

O homem abriu a porta e saiu. O que foi que houve? perguntou.

Por favor se afaste do veículo.

O homem se afastou do veículo. Chigurh pôde ver a dúvida surgir em seus olhos diante daquela pessoa suja de sangue mas foi tarde demais. Pôs a mão sobre a cabeça do homem como alguém que curasse doenças com a fé em Deus.

O assovio e o clique do ar comprimido do êmbolo pareciam uma porta se fechando. O homem escorregou sem fazer ruído para o chão, um buraco redondo na testa de onde o sangue borbulhava e escorria sobre seus olhos carregando consigo seu mundo visível, do qual se desprendia vagorosamente. Chigurh limpou a mão no lenço. Só não queria que você sujasse o carro de sangue, ele disse.

P.S. O livro acaba de ser publicado pela editora Objetiva e realmente merece ser lido.

Achado Kriptonita na terra



Super-Homem que se cuide. A kriptonita parece ter deixado de ser coisa de ficção científica depois que foi identificado, em uma mina na Sérvia, um novo mineral que tem características químicas semelhantes às descritas no filme Superman - O Retorno e que foram inventadas pelos criadores do longa-metragem.
De acordo com o filme e as histórias em quadrinho do herói, a kriptonita absorve os seus superpoderes quando ele é exposto aos grandes cristais verdes do mineral.
A kriptonita de verdade é branca e inofensiva, disse Chris Stanley, do Museu de História Natural de Londres. "Receio que não seja verde e nem brilhe, embora reaja com luz ultravioleta com uma fluorescência laranja rosado.", disse ele.Fórmula
Pesquisadores do grupo de mineração Rio Tinto descobriram o minério incomum e pediram a ajuda de Stanley quando não conseguiam identificá-lo ao comparar com os materiais conhecidos.
Assim que conseguiu descobrir sua composição, o especialista de Londres ficou chocado ao descobrir que a sua fórmula já constava na literatura - embora a de ficção.
"Na etapa final da minha pesquisa, eu procurei na internet usando a fórmula química do minério e fiquei surpreso ao descobrir que o mesmo nome científico, escrito em uma caixa com uma pedra contendo kriptonita roubada pelo (vilão) Lex Luther de um museu em Superman - O Retorno ."
No rótulo está escrito hidróxido de silicato de sódio lítio boro com flúor. "O novo minério não contém flúor (ao contrário do filme) e é branco ao invés de verde mas, em outros aspectos, a química é semelhante à da rocha que contém criptonita."
O minério é relativamente duro mas tem uma granulação muito fina. Cada cristal individual tem menos de cinco micras de diâmetro (1 micra equivale à milésima parte do milímetro).Propriedades
Para identificar a estrutura atômica do minério, foram usadas as sofisticadas instalações de análise do Conselho Nacional de Pesquisa do Canadá e a assistência dos pesquisadores Pamela Whitfield e Yvon Le Page.
"Ao conhecer a estrutura do cristal, os cientistas podem calcular outras propriedades físicas do material, tais como sua elasticidade e propriedades térmicas", explicou Le Page.
"Poder analisar todas as propriedades de um mineral, tanto químicas quanto físicas, abre a porta para confirmar que ele é realmente único." Descobrir que a composição química de um material foi uma cópia exata de uma fórmula inventada para a kriptonita, que é inventada, "foi uma coincidência de uma vez na vida", acrescentou.
O minério não pode ser chamado de kriptonita pelas regras internacionais de nomenclatura porque não tem nada a ver com crípton ou criptônio - um elemento de verdade da Tabela Periódica que tem a forma de gás.
Assim, ele receberá formalmente o nome de jadarita, quando for qualificado no European Journal of Mineralogy ainda neste ano. Jadar é o nome do local onde fica a mina sérvia onde o mineral foi encontrado.
Stanley disse que se os depósitos existirem em quantidade suficiente, o mineral pode ter algum valor comercial. Ele contém boro e lítio e dois elementos valiosos com muitas aplicações.
"Vidros de borosilicato são usados para envolver lixo radioativo processado, e o lítio é usado em baterias e na indústria farmacêutica."



Fonte: BBC Brasil

Magneto, o filme



Recém-demitido do filme do Flash, David Goyer foi parar onde todos os descontentes com a DC arrumam abrigo: na Marvel. Ele será o diretor do filme solo de Magneto.
Ainda não há um cronograma definido, mas, com Goyer a bordo, começa a procura pelos dois atores, na casa dos 20 anos, que viverão os jovens Eric Lehnsherr (Magneto) e Charles Xavier (Professor X). Ian McKellen, o Magneto da trilogia X-Men, pode aparecer no filme, mas brevemente.
Sheldon Turner (Snakes on a plane) escreveu a primeira versão do roteiro, que Goyer revisará. A trama se centrará na aproximação entre Magneto e o Professor X. O longa começará em Auschwitz, em 1939, onde o judeu Lehnsherr está preso com seus pais e onde o soldado Xavier chega lutando pela liberdade no campo de concentração. À medida que Lehnsherr usa seus poderes para se vingar dos nazistas, a amizade dos dois se abala.

terça-feira, 24 de abril de 2007

Lobão Acústico


"aonde está você, me telefona... me chama, me chama, me chamaaaaaaaa"
no link tem o disco do Lobão acústico MTV (baixa, ouve e depois compra o original). Ah, lembre-se sempre: Não tem nada hospedado aqui, só posto links que acho por aí na internet.

domingo, 22 de abril de 2007

Celular vira cartão de crédito e já paga conta

Depois de virar equipamento multimídia, o aparelho celular é usado agora também como terminal bancário, cartão de crédito e até bilhete de cinema. O surgimento de novas aplicações demonstra que o uso do aparelho não tem limites. Estima-se que até 2010 cerca de 10% das 50 bilhões de transações bancárias previstas para esse ano serão efetivadas por meio de celulares. Bancos e operadoras de telefonia desenvolveram e estão tirando do papel novos produtos e serviços.

Os números ainda são modestos se comparados à projeção feita pela MGSystems, empresa que presta consultoria à Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), para daqui a três anos. O diretor da consultoria, Maurício Ghetler, estima que até lá as transações via celular deverão ficar em torno de 100 milhões. "Isso não cresce de forma linear, vai avançar de maneira exponencial", diz ele, para quem não há, de fato, limites para o uso do aparelho.

Apenas o Banco do Brasil (BB), que está avançado no assunto, projeta encerrar este ano com 35 milhões de transações. O banco tem 400 mil clientes usando serviços via celular e faz em média 2 milhões de transações ao mês, patamar que crescerá até o fim do ano. Inicialmente, era possível fazer consultas e transferências. O próximo passo é oferecer pagamento por meio do celular, que, simplificadamente, vai substituir o cartão de crédito.

O serviço vai ser lançado pelo banco no mês que vem. No lugar de passar o cartão nas maquininhas, chamadas POS, o lojista vai digitar o número do celular e registrar o valor da compra. Essa informação segue para uma central que envia uma mensagem ao celular do cliente. Então, ele confirma a compra, digitando uma senha no telefone. Uma pessoa pode, por exemplo, encomendar uma pizza em casa e pagar com o celular, como cartão de crédito.

fonte: dm.com.br

Kevin Smith fala sobre Superman

Muito antes do Brian Singer fazer aquela merda de filme, Kevin Smith foi chamado para fazer um roteiro para a franquia do escoteirão. Neste video divertido, ele conta em detalhes a empreitada.
Ah, vi 1º no Rapadura Açucarada. Grande site!

sexta-feira, 20 de abril de 2007

Norris em 300?

Sabe por que não convidaram Chuck Norris para fazer o filme 300? Porque teriam que mudar o filme para 1 de Esparta!!!

(ideia do kibeloco)

Spider Man 3


Nós, como os outros mortais, nao assistimos ainda o novo filme do aranha. mas o pessoal do omelete assistiu e comentou, confira:

Com sessão de Homem-Aranha não se brinca. Hoje cedo a Cozinha madrugou (bom... eu madruguei, o Forlani chegou calmamente no momento em que os créditos iniciais terminaram... e ainda tenho que guardar lugar pro sossegado!) e, preocupados com rumores de superlotação na cabine de impresa, preferimos garantir nosso lugarzinho, atravessando São Paulo para não correr o risco de perder o começo de Homem-Aranha 3. Exagero. Surpreendentemente, só havia outros dois ou três nerds paranóicos por lá. A lotação só veio uns 50 minutos mais tarde. O lado bom é que pudemos aguardar convenientemente sentados nos melhores lugares do cinema.
Passadas as duas horas e vinte minutos da aventura - apesar de longo, é o episódio mais curto da trilogia -, começa a correria novamente, pra chegar de volta ao escritório e escrever o Da Frigideira mais aguardado do ano. As regras dessa série de artigos você conhece: escrever o mais rápido possível e sem muita análise, respeitando apenas as sensações da sala de projeção.
E o sentimento deixado por Homem-Aranha 3 é de divisão. É um bom filme, mas inferior aos primeiros.
Saímos das sessões dos dois filmes anteriores absolutamente eufóricos - ambos estão entre as cinco melhores adaptações de quadrinhos já feitas e são exemplos brilhantes de como deve ser um filme de ação. Desta aqui... bom... a euforia simplesmente não existiu.
Não que trate-se de um filme ruim - longe, muito longe, disso -, o encerramento da (primeira?) trilogia do Homem-Aranha segue milhas à frente da grande maioria das adaptações e filmes de ação recentes. Mas o roteiro, pela primeira vez, deixa a desejar. Sem explicar demais (isso será assunto para a nossa crítica), desta vez parece que Alvin Sargent (que trabalhou no texto do segundo filme) e os irmãos Sam e Ivan Raimi apostaram suas fichas no "acaso conveniente" como força da história. A idéia, que já foi utilizada exaustivamente nos primeiros filmes (por que as coisas sempre acontecem ao redor do Aranha ou seus entes queridos?), funciona uma, duas vezes, mas lá pela quinta coincidência começa a ficar um gosto ruim na boca.
Felizmente, Venom e Homem-Areia, os dois novos super-vilões do universo aracnídeo no cinema, estão lá para salvar a pátria e não devem nada aos seus antecessores. Design perfeito e pancadarias sensacionais garantidas pelos malfeitores fazem-nos esquecer das faltas do roteiro. Tem também o Novo Duende, versão radical do inimigo do primeiro filme, mas esse não traz novidades, apenas um esperado elemento de continuidade.
Já o elemento que supera os anteriores é a comédia. Lembra do engraçadíssimo videoclipe de "Rain Drops Keep Falling On My Head" do segundo filme? Este tem um clássico de James Brown com direito a Peter Parker dançarino que é impagável. E J.Jonah Jameson está mais engraçado que nunca, agora com problemas de pressão alta, sem falar na terceira - e melhor! - participação de Bruce Campbell na série.
Pra completar, a ausência de ganchos óbvios para uma continuação - desmentindo informações recentes - parece uma opção dos cineastas para encerrar aqui uma fase completa na vida do Amigão da Vizinhança. Um novo filme, claro, é muito provável, mas sem amarras das aventuras anteriores dá pra criar ainda melhor e - esperamos - não depender tanto das supercoincidências para seguir com a saga do maior herói das telonas.

quarta-feira, 18 de abril de 2007

Arquivo X - Scully cuspindo no prato que comeu


Se você quer ver a Scully de "Arquivo X" furiosa, é só fazê-la recordar dos tempos em que vivia a cética agente que fazia par com Fox Mulder.
Impressionado? Em uma entrevista publicada no site da revista inglesa Stella, a atriz Gillian Anderson demonstra guardar péssimas lembranças de sua passagem por "Arquivo X", contando que sua experiência na famosa série não foi nada boa desde o seu início.
"Quando eu comecei em 'Arquivo X' eu não tinha a idéia do que era a série. Quando as pessoas começaram a perguntar se eu acreditava em aliens, eu não fazia idéia do que dizer. Eu ficava, tipo, 'Hum... pode repetir a pergunta?'. Todo o processo foi incrivelmente traumático", confessou.
Gillian disse que logo percebeu que não gostaria do trabalho em "Arquivo X", mas justifica ter ficado nove anos na série por motivos meramente financeiros.
"No começo, tudo foi legal, eu era inocente e pensava, 'Uau, parece maravilhoso!'; mas depois percebi que trabalharia no Canadá 16 horas por dia, nove meses por ano, e só fiquei tanto tempo assim na série porque o único jeito de ganhar mais dinheiro seria me envolvendo com o programa".
A atriz conta também que a fama que ela conquistou com a série a assustava em diversas ocasiões: "De férias, decidi dar algumas entrevistas sobre a série fora dos EUA, pois desse jeito a produção bancaria minhas viagens. Aí praticamente trabalhei na folga. Na Austrália, participei de um evento com 15 mil pessoas presentes. Não conseguia acreditar naquilo", disse.
Por fim, Gillian Anderson ainda guarda uma outra revelação cheia de ranzinzice, que não só tem a ver com a série que a revelou como também com o veículo que a projetou no showbiz: "Eu não gosto de televisão, e nunca gostei. Eu nem assisto. Pelo que eu entendo, penso que sentar em frente à TV é uma das coisas que está destruindo a sociedade", opina.
Fonte: G1

terça-feira, 17 de abril de 2007

O Hobbit



Em janeiro espalhou-se a notícia de que Sam Raimi estaria interessado em dirigir O Hobbit. No gás da divulgação de Homem-Aranha 3, o próprio Raimi falou publicamente pela primeira vez sobre o caso, em entrevista ao Entertainment Weekly.

"Peter Jackson deve ser o melhor cineasta no planeta hoje. Mas, hhmm, eu não sei o que vai acontecer comigo agora. Antes de mais nada, esses filmes [baseados nos livros de J.R.R. Tolkien] são de Peter Jackson e Bob Shaye [chefão da New Line Cinema]. Se Peter não quiser pegar e Bob me procurar - e os dois estiverem ok comigo na direção - seria ótimo. Adoro o livro. É mais infantil do que os outros", comentou Raimi, oferecidíssimo.

Ligeiro, o presidente de produção da Sony, Matt Tolmach, disse à revista que o estúdio está otimista em manter a equipe que consolidou a franquia do Homem-Aranha. "Escute, nós vamos fazer Homem-Aranha 4. Nossa esperança, sonho e intenção, é fazê-lo com Sam. Mas eu não tenho bola de cristal", comentou.
Se o plano inicial se mantiver, O Hobbit será dividido em dois pela New Line. O primeiro livro de Tolkien ambientado na Terra-média mostra as aventuras de Bilbo Bolseiro (Ian Holm na trilogia) ao lado de um grupo de anões e do Mago Gandalf para encontrar o tesouro de Smaug, o Dragão. No processo, ele acaba encontrando Gollum e ficando com o Um Anel, que mais tarde dará início ao grande conflito mostrado na trilogia.



Fonte: Omelete

Ira! Invisível DJ


Invisível DJ é o novo disco do grupo Ira!. Para conferir como ficou o 13º disco desse grupo, basta clicar no link e fazer o download (claro que se gostar, você vai comprar o cd original depois).


Da série: quero um desses!!


Um robô foi apresentado na feira em Hanover, na Alemanha. Na foto ele tenta montar um cubo. Eu nunca dei conta de montar mesmo, preciso de um desses, pra nunca mais nem tentar montar esse maldito cubo idiota que nao presta e nem me deixar ganhar nunca!!!

domingo, 15 de abril de 2007

Discografia Raul Seixas




Se não for o maior, tá entre os melhores. Raul Seixas, inigualável. Se você gosta, clique no link e agradeça o blog bardaesquina pelos discos do Raul.

Das Palavras de Alan Moore:

O Livro da Cópula

Fragmento de The Moon and Serpent Grand Egyption Theatre of Marvels,
de Alan Moore

O Jardim Espectral cai atrás de nós com seus demônios e suas maravilhas.
A gente devia olhar pra trás, não está mais lá.
Nunca esteve.
Não sobrou nada, só a tundra, absoluta, deserto final erguido para nos cercar.
Hiperbórea da mente, ar que, como a seda, é fino e arrepia a pele.
Há as extremidades distantes do pensamento.
A Morena de Einstein,
fenda traiçoeira da teoria quântica, nevasca semiótica.
Há precipícios temíveis e espetaculares.
A melhor forma de a beira se aproximar é devagar, um passo de cada vez.
Porque ali se encontra o apoio de pé escavado por Heisenberg, cujos trabalhos sugeriram que eventos em uma escala quântica são alterados por um ato de observação.
Daqui, se precisa de uns poucos passos precavidos para atravessar os recifes feitos de vidro.
Se no nível quântico tempo e espaço não são obstáculos, então não importa que o microevento observado seja distante de nós ou remoto no tempo.
Se nós observamos, nos o afetamos.
O prendemos em nossos modelos,
Emprestamos a ele substância e parâmetros como sistemas de taxonomia e medidas, mesmo que tenha ocorrido em nosso mais distante passado. Fique aí.
Não arrisque mais um passo.
Entre nós, a face do penhasco do princípio antrópico profundo é de chumbo, absoluto e imponente.
Ele sugere que, se o Big Bang foi, em seus estágios iniciais, realmente muito pequeno, como todo nosso universo compactado em um único ponto quântico, de calor e densidade próximos do infinito, e se agora observamos a primeira explosão, rastreando seus fracos ecos murmurantes com nossos radiotelescópios, então, pela observação, nós afetamos o nascimento do universo.
A incoerência da origem toma emprestada informação de seu futuro, dá forma às condições iniciais do Universo, para então facilitar a ordenação da matéria em formas simples e complexas.
O ato de nossa observação primordial arranja os parâmetros de massa, de gravidade e temperatura que fazem a gênese da galáxia e do Sistema Solar possíveis, que facilitam o nascimento dos planeta, do continente e da vida que evoluirá ao longo dos milênios em direção de um estado em que há competência para se fazer uma observação dessa magnitude no começo e no fim.
Toda a existência é construída por uma egotrip.
Um Universo de vasto e auto-referente pensamento.
A idéia do ser que faz o ser surgir.
A mágica derradeira no tempo,
E no centro do cosmos há uma placa, e na placa diz:
"Existe almoço grátis".

Contemple a fenda sem fundo que boceja desta heresia, não por nada chamada de princípio antrópico profundo.
Dê um passo atrás, vá embora, busque passos mais seguros, apesar de, na verdade, haver pouco chão seguro nestes territórios onde a curiosidade humana, uma erosão galopante, corrói a pedra em que estamos parados.
Aqui o tempo-espaço é sólido, tornou-se um ovo de Stephen Hawking com Bang e Crunch em cada pólo, co-terminus e co-existente, cada momento que existiu ou que existirá, suspenso neste meta-instante gigante, neste agora perpétuo. Todas as distâncias, sejam elas tempo ou espaço,
estão condenadas por Einstein a serem relativas ao observador.
Então, para efeito, não existe distância, física ou cronológica, e se nos perguntarem quantos anjos podem dançar na cabeça de um alfinete, devemos responder: "Todos nós".
Neste lugar cada certeza de aqui e agora se dissolve,todos os objetos, todas as realidades parecem feitas de átomos
que são feitos de entidades que não são ondas nem partículas mas são melhor entendidas como uma relação matemática abstrata.
Todos os seres como um campo fantasma infinito sem temperatura ou cor pelo qual todas as formas são percebidas, dos pulsares às colônias de plânctons.
Os sonhos insubstanciais da matéria flutuam lá em um nada silencioso.
Tudo se foi em uma luz fervente e pelo menos a percepção de que não há ninguém aqui além de mim - nunca houve ninguém aqui além de mim.

Só há um momento.
Eu te amo.
Não existe essa coisa de magia.
Você já sabia disso.
Você já sabia disso.

Há uma sala em que você está nascendo em brilho e frio repentinos: o choque da respiração.
O horror de outro toque, e "Mãe!", "Mãe!", "Mãe!", como um coração de rosas coroado e em chamas, imponente, amável em seu ninho de espinhos.
Há uma sala em que você está morrendo, sussurros anestésicos, luz agitada, tremida desmaiando enquanto se aproxima do etéreo modelos de instantes e eventos que irradiam aquela flor, a Mandala dos últimos momentos, da clareza final, da certeza.

Há uma sala em que você fode usando o perfume da besta e pensando em uma nuvem quente, forte e sem sentidos.
Há uma sala em que você está velho.
Há uma sala em que você está bêbado.
Uma sala em que você está chorando e uma sala em que você faz coisas que ninguém sabe.
A sala do ruído.
A sala do silêncio.
A sala sem você dentro.
Só há uma sala.
Você já sabia disso.
Você já sabia disso.

Há um momento quando o mundo nasce em som e fogo e belos vapores quando os planetas se encrostam como jóias elementais seguindo os ventos frescos atômicos dos sóis, donde se espalha a fanfarra do grande crustáceo Nebulosa de Carangueijo, o fog de Monet da Nuvem de Magalhães e o espiral lento, vagaroso e branco da Via Láctea; quando vêm esses diademas monstruosos das estrelas.
Há um momento em que isso acaba em bestas, prostitutas e rompimentos.
No impacto do cometa Shoemaker-Levy com o gigante gasoso Júpiter agora mesmo.
Esta noite.
A pérola de vapor incandescente de uma milha de largura é esmagada por megatons de uma gravidade inconcebível.
Há um momento em que isso acaba
No frio supercondutor da entropia, a abertura do derradeiro olho de Shiva.
O momento em que eles disseram que não querem mais você, o momento em que a primeira mão cheia de terra caiu chacoalhando no pinheiro assombrado.
Há um momento quando nós agarramos a uma pedra, quando a caneta pára sobre uma gota fria em uma página em branco.
Há um momento quando os freios derrapam e um momento quando as lâmpadas queimam e um momento como uma assombrante avalanche de ouro dentro de nossas cabeças e há só um, um momento.
Você já sabia disso.
Você já sabia disso.

Há uma pessoa que te deu o esperma uma pessoa que te deu o sangue, a dor e o nascimento, uma pessoa que sempre te adorou, que te abraçou às vezes, que te odiou e desprezou, que te quis morto, uma pessoa que foi cruel com você quando você era pequeno, uma pessoa com olhos de ressaca.
Há uma pessoa com quem você transou e uma que deixou você trepar com ela.
Há uma pessoa de quem você não gosta -- e ela não sabe disso, uma pessoa esperando na parada, uma pessoa por quem você passou na rua oito anos atrás e nunca mais a viu ou pensou nela.
Há uma pessoa deprê ouvindo o CD do R.E.M. no repeat, automatic for the people:
"Maybe you're crazy in the head, baby, baby, baby".
Há uma pessoa que sabe o porquê das guerras e dos assassinatos, uma pessoa que está com fome, que é famosa, que é o Papa, que é Sua Majestada a Rainha, que está morrendo, passando fome, sendo assassinada, estuprada e torturada.
Agora, neste momento, agora, bem agora.
Há uma pessoa esperando nos degraus do cinema.
Há uma pessoas com a lingua enfiada no burcado de um dente que caiu,
uma pessoa com um mau pressentimento ocasional sobre seus pensamentos a respeito do aborto.
Há uma pessoa com três cabeças, e uma é um leão e uma é um rei coroado e furioso e uma é uma serpente escalada em ouro urrante e só há uma pessoa uma pessoa aqui e você já sabia disso, você já sabia disso.

Eu te amo.
Não existe essa coisa de magia.
Deixem entrar isso nas suas mentes.
Deixem entrar.
Este grande salão de baile arqueado do doce intangível, que paira sobre nós, animada com uma multidão nunca vista com sua grande excitação, com sua antecipação palpável.
Convoque os mais animados e aquelas fosforescências hilárias que passam por isso com uma tremedeira prazeirosa.
Traga aqueles como fagulhas, aqueles que se arrastaram e zumbiram sobre os massivos e imateriais.
Aqueles com boas e estranhas idéias que giram e tremulam em suas próprias palmas como giroscópios.
O delicado, todo em cristal, vasto como uma catedral.
Deixe-nos sentir a brisa incandescente abanado de seus milhões *stainedglass winds that flutter slow and perfect.
Sincronizados
Deixe-os nos sercar e trace seus dedos até nosso queixo a sussurre coisas que nós nunca sonhamos ou que esquecemos.
Há algo acontecendo.
Eu te amo,
Eles querem falar.
Eles querem dançar.
Eles queimam e tremulam dentro e fora do ser trono e poder e quimera, silfos e demiurgos, a risada bêbada e estática de gigantes nus nadando no aviário gorgeiam e batem asas em sua radiação esplêndida.
Eles voam alto. Eles berram com força e alegria, eles cantam doces canções em escalas de azul, de ouro, de gargantas como candelabros.
Traçam as trajetórias de mariposas de neon através do ideiespaço e pairam no frio, brilho verdadeiro de firmamento imaginado.
Aqui, no olho firme desta fascinação, no branco urrante de agora, deixe-nos perceber a alma alada e polida do momento e ler o nome puro e sem voz que está escrito aqui em letras estranhas e bárbaras que conhecemos com outros olhos.
E é lindo.
E é assustador.
As nuvens se despem e formas sinfônicas vastas se entrevêem inchoate presence, stooping low.
O céu de coral e o pensamento vão para outro estado, tornam-se vapor prismático em uma luz tremida, e há algo acontecendo.
Há algo acontecendo.
Você já sabia disso.

Estou falando conosco
Estamos me ouvindo
Enquanto tudo se fecha em um sussurro telepático
A noite gentil dos olhos e nós lembramos de quem somos e saber disso pela primeira vez.
Cada um agora desdobrado gema como uma samambaia em fractal, forma de toda a vida revelada em sua tentacular magnificiência.
A luz fica mais forte.
Alguma coisa nos domina por dentro e agora o banquete, agora a chuva de estrelas, agora o abraço, o beijo do invisível.
Eu te amo.
Há algo acontecendo.
Só há um momento.
Só há uma sala.
Só há uma pessoa aqui.
Eu te amo.
Você já sabia disso.
Você já sabia disso.
Não existe essa coisa de magia.
Existe essa coisa de magia.
Essa coisa de magia.
Coisa de magia.
De magia.
Magia.



PS. Esta tradução (bem como a gif) foi copiada do ótimo site (na verdade, o melhor) de José Carlos Neves sobre o Velho Bardo. O site realmente merece uma olhada não só por quem gosta de quadrinhos, mas também de literatura.

IRON MAN - o homem de ferro tem sua primeira armadura revelada. quem conhece o personagem nos quadrinhos, sabe que ela está bem fiel ao original. Beleza! Clique na imagem.

sábado, 14 de abril de 2007

300



Caso gostem, no link tem a trilha sonora do filme 300.

quinta-feira, 12 de abril de 2007

Sexta-feira 13 é o dia com mais acidentes de carro.

As incidências de acidentes de carro são maiores nas sextas-feiras que caem no dia 13 do qualquer outro dia do mês, de acordo com pesquisa de uma companhia de seguros britânica.

O índice de acidentes, curiosamente, é 13% maior quando o dia 13 do mês cai nem uma sexta-feira, tornmado o dia o mais azarado para motoristas de carro.

O estudo da Norwich Union foi feito com base em estatísticas de acidentes notificados por seus clientes entre 2002 e 2006 - período em que foram registradas seis sextas-feiras caindo em dias 13.

Quando o dia 13 cai em qualquer outro dia da semana, o número de acidentes notificados à seguradora por motoristas é muito inferior à média dos outros dias.

"Nossa análise sobre os dias perigosos para dirigir deu algum crédito às supertições das pessoas em torno da sexta-feira 13", disse Nigel Bartram, da Norwich Union.

"Embora seja difícil dizer ao certo porque isso ocorre, uma razão pode ser que as pessoas mudam sua atuação ao volante em resposta a um dia visto como 'azarado'."

"Na verdade, mudar o comportamento ao volante numa reação ao que é visto como risco - e não a um risco real como neve ou gelo (na pista, que pode levar a derrapagens) - não se traduz necessariamente em direção mais segura", concluiu Bartram.

Ele acredita que ao alterar seu comportamento para mudar 'a sorte', os motoristas podem confirmar a crença de que alguma coisa ruim vai acontecer.

O dia mais seguro, aparentemente, é o dia 26 do mês. Nesta data, o número de notificações de motoristas à seguradora britânica costuma ficar 8% abaixo da média diária.

fonte: correioweb.

quarta-feira, 11 de abril de 2007

Janis Joplin

Já que as postagens de hoje tão falando de antiguidades, nada melhor que ler o blog ouvindo um som "das antigas". Janis Joplin (disco Pearl), no link.

Promoção


Quem lembrar dessa, tem mais de 30 anos!!!

24 horas



24 HORAS SERIA UMA COMÉDIA ROMÂNTICA - Originalmente, 24 Horas não tinha nada de violento. Quando pensaram em realizar uma série em tempo real,a primeira idéia dos produtores Joel Surnow e Robert Cochran era... uma comédia romântica. Eles queriam mostrar, hora a hora, como um casal sobrevivia à pressão da véspera de seu casamento.
Depois do sucesso de 24 Horas, o show Big Day enfim emplacou a idéia do matrimônio em tempo real. Mas a série foi um fracasso e acabou divorciada, ops, cancelada em 13 episódios.

JACK BAUER TOPOU TUDO POR DINHEIRO - Kiefer Sutherland, o Jack Bauer, nunca quis fazer TV. Ele só topou gravar o episódio piloto de 24 Horas para arranjar uma grana fácil (aproveitando também que sua carreira no cinema estava caidaça). O formato da série era tão inovador que ele tinha certeza que o canal Fox não iria encomendar uma temporada inteira.
!Kiefer revela esse inédito lado "mercenário" de seu passado no E! True Hollywood Story: 24 Horas, que o canal pago E! exibe no Brasil no dia 16, às 21h

OS PRODUTORES CRIARAM UM TELEFONE PARA OS FÃS - Loucos para interagir um pouco mais com o público, os produtores mostraram, em uma cena do quinto episódio da quarta temporada, um número real de telefone da Califórnia. Quem fosse curioso o suficiente para ligar descobriria que a linha dava direto em um celular da produção. A notícia se espalhou e o chamado fan phone recebeu mais de 80 mil ligações em uma semana.
A maioria caía na caixa postal, mas teve quem conversou até comastros como Kim Raver (a Audrey Raines) e Carlos Bernard (o Tony Almeida).


BAUER JÁ APAGOU 136 PESSOAS - A gente fica tão aliviado quando Jack Bauer salva o dia que nem percebe como o cara é violento. Nos cinco primeiros anos de 24 Horas, o agente vivido por Kiefer Sutherland matou nada menos que 136 pessoas, o que o torna o herói mais matador da televisão atual. Nem o mafioso Tony Soprano, da série Família Soprano, apagou tanta gente.
O episódio mais violento é o sexto da quarta temporada, em que Jack mata nada menos que 12 pessoas, sem dó nem piedade.

SUTHERLAND QUIS MATAR BAUER - Todo mundo morre em 24 Horas... e Kiefer achava que com Jack Bauer não devia ser diferente. Quando assumiu o cargo de co-produtor da série, ele cogitou a possibilidade de a série continuar com outro personagem principal - um policial, em outro lugar. O canal Fox rejeitou a idéia e renovou o contrato do astro até a sétima temporada pela bagatela de 30 milhões de dólares, o maior cachê masculino da TV.
Mais sobrevida: em maio, começa a ser rodado 24 Horas - O Filme, a ser lançado em 2008. E não, ele não durará 24 horas.


Fonte: mundoestranho

sexta-feira, 6 de abril de 2007

The end



Este é o fim, belo amigo
Este é o fim, meu único amigo, o fim
De nossos planos elaborados, o fim
De tudo que postos, o fim
Nenhuma segurança ou surpresa, o fim
Eu nunca olharei em seus olhos de novo
Você pode pintar o que você é?
Tão sem limite e tão livre
Desesperadamente em necessidade da mão de algum estranho
Em uma terra desesperada
Perdido em uma selva romana de dor
E todas as crianças são insanas
Todas as crianças são insanas
Esperando pela chuva de verão
Há perigo na periferia da cidade
Passeie pela rodovia do Rei
Cenas estranhas dentro da mina de ouro
Passeie no oeste da rodovia
Monte a cobra, monte a cobra
Para o lago, o lago antigo
A cobra e longa, sete milhas
Monte a cobra, ela é velha, e sua pele é fria
O oeste é o melhor
Chegue aqui, nos faremos o resto
O ônibus azul está nos chamando
Motorista, aonde você está nos levando?

O assassino acordou antes do amanhecer
E ele colocou suas botas
E ele caminhou pelo corredor
E entrou no quarto onde sua irmã dormia,
Fez uma visita ao seu irmão, então ele
Caminhou pelo corredor
E chegou a uma porta e olhou dentro
Pai, sim filho, eu quero te matar
Mãe, eu quero trepar com você

Vamos amor, nos de uma chance
E me conheça atrás do ônibus azul
Este é o fim, belo amigo
Este é o fim, meu único amigo, o fim
Machuca pra te libertar
Mas você nunca me seguirá
O fim das risadas e das mentiras leves
O fim das noites em que tentamos morrer
Esse é o fim.


(música "the end" da inigualável The Doors)

Antivirus


Não sei qual antivirus vocês usam, mas eu recomendo esse. Baixe no Link. Siga as orientações para instalação no arquivo txt junto com o instalador.


agradecimentos: bar da esquina

quinta-feira, 5 de abril de 2007


1 ( “Você acha que isso importa?” – “Corte a cabeça” – “Use a corda” - “Hahahahahaha” – “Não, eu disse que não” – “Pregos não doem tanto” – “É o peso da madeira que incomoda” – “Não? O que quer dizer com não? Acha que sua opinião importa?”)

Respire fundo. Respire devagar. Assim. Pegue a faca. Feche os olhos. A faca. E... corte.

Eu não me lembro direito. Como poderia? Eu passo dopado a maior parte do tempo. Quando estou lúcido, há apenas dor. Uma sensação de perdição. Nada demais: apenas um vislumbre do inferno.

É sobre o que eu quero falar: vislumbres.

Eu estava deitado sobre veludo e estava tudo escuro e eu podia ouvir o som abafado da terra batendo contra a madeira – eu sei que estava em um buraco e eu podia sentir o odor de terra putrefata.

Isso foi há três dias. Dias quentes, dias abafados, nuvens carregadas e o sol espiando como um olho amarelo e doente entre as frestas. Vislumbres.

Eu abri a gaveta da escrivaninha e peguei uma garrafa de vinho e um copo sujo e o telefone tocando era estridente.

Era Sexta-Feira Santa. Uma data importante para os Cristãos, pelo que eu soube. Em uma cidadezinha de fim de mundo, quase um povoado, havia uma santa. Eles trouxeram-na para o alto da colina e a crucificaram. Uma menina, ainda. Doze anos. Eles a pregaram na cruz e colocaram cálices para aparar o sangue que gotejava das feridas e ela olhava-os feliz e olhava para o céu branco e brilhante e foi como ela morreu.

Eu me lembro do delegado Tobias, um cara legal – eu me lembro dele gritando quando sua cabeça foi arrancada por um golpe de facão. A cabeça girou, girou e quando parou ficou me olhando com olhos esbugalhados. Acho que foi nessa hora que ele me disse Vai ser um lindo dia.

Mas eu não conseguia tirar os olhos do sangue que se espalhara sob seus cabelos e o sorriso que ele manteve até que me acertaram – e depois eu não vi mais nada.

Eu me lembro do delegado Tobias dizendo para a puta Não, eu disse que não. Ela sorriu e mostrou os peitos, depois se virou e saiu rebolando para os quartos. Uma mulher vulgar, não tinha um rosto bonito, mas o corpo era espetacular. Tobias suspirou, tomou outro copo de cerveja e saiu atrás dela.

Eu me lembro do delegado Tobias me ligando e dizendo Cristo, Porra, você não vai acreditar nisso. Ele me contou da crucificação.

O trem era lento e a paisagem seca. Tobias dormiu quase a viajem toda. Quando chegamos na cidade, garoava e o calor da terra subia para cozinhar-nos. O povo da cidade nos olhava de cara feia e olhares esquivos e superiores.

A menina santa continuava na cruz, apodrecendo. Tomando conta dela, um menino de uns nove anos, carregando uma cartucheira. Ele ignorou-nos. O sangue secara na madeira. De repente o menino ergueu-se e atirou em um corvo que se aproximara dos olhos da santa.

Depois disso, eu me lembro apenas de pedaços de conversas, imagens: vislumbres.

“Você acha que isso importa?” – “Corte a cabeça” – “Use a corda” - “Hahahahahaha” – “Não, eu disse que não” – “Pregos não doem tanto” – “É o peso da madeira que incomoda” – “Não? O que quer dizer com não? Acha que sua opinião importa?” – “Enterrem esse maluco!”

É disso que eu me lembro: Enterrem esse maluco.

No hospício, o doutor me olha demoradamente. Ele diz Eu tenho uma faca...

(...)

Ele corta os pulsos; ele corta a garganta; ele enfia a faca entre as pernas e me mostra seu pau e suas bolas; ele sorri – como Tobias... como a menina santa. Ele sorri e morre.

2 (“Eu não quero morrer porque eu não posso morrer você não entende eu tenho sangue e meu sangue é meu” – “Coagulado” – “Nu” – “Pó” – “Foi-se”)

Em algum lugar, alguém estava chorando. Em algum lugar, alguém estava morrendo. Era uma morte lenta. A pele estava sendo delicadamente arrancada de sua carne. Era um trabalho demorado que não podia ser feito por qualquer um.

Eu não era qualquer um: então, demorei a noite toda. Arranquei cada centímetro da pele do homem sobre a maca. Cada pedacinho menor que um olhar. E ele ainda estava vivo ao amanhecer. É claro que ele não gritava mais. Era uma figura onde eu podia ver cada pedaço de carne, cada órgão, era uma figura onde cada músculo e cada veia podia ser vista a olho nu. Ele não gritava mais porque estava em choque.

Quanto tempo ele viveria sem pele? Não sei – não me importa. Eu fui embora e o larguei sozinho lá, na maca sob a árvore cheia de flores que o vento trazia lentamente para o chão.