NÃODIGANADA: maio 2012

sexta-feira, 18 de maio de 2012

007 skyfall

Raul Seixas, o início o fim e o meio

Hoje teve exibição do documentário de Walter Carvalho no Cine Lumiere do Shopping Bougainvile (Goiania), com presença do diretor Walter Carvalho. Claro, como raulseixista, não poderia deixar de comparecer.

Logo na entrada, coquetel para os presentes. Eu, esperando encontrar somente os tiozões, tive uma grande surpresa: quase totalidade de jovens que nunca viram um show do Raul.

A ansiedade para o filme era enorme, tava quase entrando na sala de exibição e apertando o play. Começa o filme…

O que dizer do filme? Hipnotizante? Espetacular? Vibrante? Emocionante?

É isso tudo. E junto.

Não tem como não emocionar com o depoimento da Dalva, ela entrando no prédio aonde encontrou Raul morto.

Não tem como não sorrir dos depoimentos das ex mulheres. Não tem como não vibrar com algumas cenas inéditas.

Não tem como não acreditar em algo além da compreensão, com a presença de uma mosca na entrevista com Paulo Coelho.

Não tem como não refletir depois de rever o encontro de Raul e Paulo Coelho já perto da morte do Raul.

E depois de tudo, ainda ter a oportunidade de fazer perguntas ao diretor Walter Carvalho e ele, muito prestativo, responder todas perguntas.

Ainda eufórico, só tenho uma recomendação: Assistam, não percam!!!

terça-feira, 15 de maio de 2012

FRAMES spring breakers

POSTER o espetacular homem-aranha

TRECHO ubik

Philip K. Dick

Ereta em seu esquife transparente, revestida por uma exalação de névoa gelada, Ella Runciter estava de olhos fechados, as mãos permanentemente erguidas na direção do rosto impassível. Fazia três anos que ele não a via, e é claro que Ella não tinha mudado. Nunca mais mudaria, pelo menos na forma física visível. Mas a cada ressucitação para a meia-vida ativa, para um retorno da atividade cerebral, por mais curto que fosse, Ella morria um tanto. O tempo restante, para ela, pulsava e sumia, esgotando-se lentamente.

Saber disso justificava sua falta em ativá-la com mais frequência. Ele racionalizava assim: aquilo a condenava, reanimá-la constituía um pecado contra ela. Quanto aos desejos declarados por ela mesma, antes de sua morte e em encontros no início da meia-vida, eles haviam se tornado nebulosos na mente de Runcinter, o que não deixava de ser conveniente. em todo caso, ele sabia o que estava fazendo, era quatro vezes mais velho que ela.