domingo, 26 de agosto de 2012

A CRIAÇÃO da XOXOTA (Mario Quintana)

Sete bons homens de fino saber
Criaram a xoxota, como pode se ver;
Chegando na frente, veio um açougueiro
Com faca afiada deu talho certeiro.
Um bom marceneiro, com dedicação
Fez um furo no centro com malho e formão.
Em terceiro o alfaiate, capaz e moderno
Forrou com veludo o lado interno.
Um bom caçador, chegando na hora
Forrou com raposa, a parte de fora.
Em quinto chegou, sagaz pescador
Esfregando um peixe, deu-lhe o odor.
Em sexto, o bom padre da igreja daqui.
Benzeu-a dizendo: "É só pra xixi!"
Por fim o marujo, zarolho e perneta
Chupou-a, fodeu-a e chamou-a...
Buceta!

segunda-feira, 30 de julho de 2012

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Sombras da noite


Não direi os motivos, nem farei uma critica estilo universitário formando, ou historiador que ainda mora com a mãe e acha que entende de filme mais que o resto do mundo só porque entendeu a arte por trás dos cinema francês e ucraniano.

Digo somente: arrependeivos os que forem assistir isso...

sábado, 21 de julho de 2012

CONTO MICTÓRIO

José Marcelo

O rosto no espelho de um mictório público imundo. Um rosto marcado, sujo, velho, feio. Apenas outra noite fodida morrendo no canto do mundo.

E a luz do sol - rascunhos de claridade na janela empoeirada que não trazem nenhum prazer.

E a porta que se abre com uma pancada seca:

__ Que porra, Leroy, olha quem tá aqui! Olha quem tá aqui. Filho da puta filho da puta. Você não imagina o quanto eu queria te encontrar. Tá vendo, Leroy, tá vendo quem tá aqui?

A rizada de Leroy é um cacarejo:

__ Ic ic ic ic ic. É ele, Junior, é ele sim.

Ele não olha. O seu rosto no espelho o hipnotiza e ele – ele quer apenas ir para casa.

__ Que porra, se não é aquele merda que bateu na nossa Suely.

Ele sente o fedor da bebida quando Junior murmura em seu ouvido:

__ Oi, seu merda. Sabe o que acontece agora, não sabe? Seu merda. Seu MERDA.

Ele não olha – continua mijando. Um jato amarelo, fétido, longo.

Quando eles o acertam – quando eles empurram sua cabeça contra o espelho e a carne amassada expele sangue e dor – ele não grita.

Eles o chutam e cospem e esmurram por tempo demais, mas ele não grita.

Suely gritou e chorou e pediu pelo amor de Deus não faz isso não faz pelo amor de Deus não não não faz isso alguém me ajuda – Suely chorando encolhida no chão, nua e cheia de feridas enquanto ele a espancava e comia. Pelo amor de Deus não. E ele apenas sorrindo e dizendo vou comer seu cu e depois de comer seu cu vou te bater mais e mais, apenas ignorando Suely por favor me deixa não faz isso não faz isso.

Agora, Junior ofegante e trêmulo de raiva o chuta de novo e diz:

__ Então, gostou filho da puta? Gostou? O quê? O que você disse?

Ele repete:

__ Diga a Suely.

__ O quê? O QUÊ?

__ Diga a ela que ela foi a melhor foda da minha vida.

 

Mais contos aqui.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

ponto ômega

“Mas era impossível ver demais. Quanto menos havia para ver, mais ele olhava, mais ele via. A questão era essa. Ver o que está aqui, finalmente olhar e saber que se está olhando, sentir o tempo passando, estar vivo para o que está acontecendo nos menores registros do movimento.”

“O ponto ômega, ele disse. Não sei qual o significado original desse termo, se é que tem significado, se não é um caso de linguagem se esforçando para chegar a alguma idéia fora de nossa experiência.”

(Don DeLillo, Ponto Ômega)

Monte de leituras.

TRAILER o mestre

POSTER last stand

The-Last-Stand-poster-Comic-Con-2012

e SCHWARZENEGGER volta aos filmes de ação.

FELIZ ANIVERÁRIO, SR. ALBERTO SANTOS DUMONT

santos dumont

O PAI DA AVIAÇÃO.