O Exército Americano fez um apelo aos produtores da série para diminuirem e amenizarem as cenas de tortura por causa do impacto que elas estariam tendo nas tropas americanas no Iraque e na reputação dos americanos ao redor do mundo (sim, a culpa é de Jack Bauer e não da prisão de Abu Ghraib, de Guantánamo ou das técnicas de interrogatório autorizadas pelo governo Bush...).
A Academia Militar de West Point confirmou que o general Patrick Finnegan viajou para a California para se encontrar com os produtores de "24 Horas". Ele alegou que a série estaria promovendo um comportamento ilegal e trazendo danos às tropas.
"Eu gostaria que eles parassem. As crianças assistem à serie e perguntam 'Se tortura é errado, como é que tem tortura em '24 Horas'?'", afirmou o general, que é professor de direito na guerra, segundo a revista New Yorker. "E o mais perturbador é que a tortura sempre aparece como a coisa certa a ser feita", continuou.
O produtor do programa Joel Surnow rebate dizendo que os militares e os membros do governo Bush são fãs da série e que "24 Horas" é "patriota".
Mas Kiefer Sutherland, que vive Jack Bauer, parece mais cauteloso. "Você tortura alguém e ele vai dizer exatamente o que você quer ouvir, seja verdade ou não. No contexto do programa, que aliás é um programa fantástico, a tortura é um artifício dramático para mostrar o quão desesperadora é a situação", afirmou o ator.
Fonte: g1
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