Chapeuzinho Vermelho, de joelhos no meio da trilha, chorava.
domingo, 30 de novembro de 2008
Chapeuzinho Vermelho, de joelhos no meio da trilha, chorava.
sábado, 29 de novembro de 2008
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
Ninguem é insubstituível
Sala de reunião de uma multinacional o CEO nervoso fala com sua equipe de gestores. Agita as mãos mostra gráficos e olhando nos olhos de cada um ameaça: “ninguém é insubstituível” . A frase parece ecoar nas paredes da sala de reunião em meio ao silêncio. Os gestores se entreolham, alguns abaixam a cabeça. Ninguém ousa falar nada.
De repente um braço se levanta e o CEO se prepara para triturar o atrevido:
- Alguma pergunta?
- Tenho sim. E o Beethoven?
- Como? – o CEO encara o gestor confuso.
- O senhor disse que ninguém é insubstituível e quem substitui o Beethoven?
Silêncio.
Ouvi essa estória esses dias contada por um profissional que conheço e achei muito pertinente falar sobre isso. Afinal as empresas falam em descobrir talentos, reter talentos, mas, no fundo continuam achando que os profissionais são peças dentro da organização e que quando sai um é só encontrar outro para por no lugar.
Quem substitui Beethoven? Tom Jobim? Ayrton Senna? Ghandi? Frank Sinatra? Dorival Caymmi? Garrincha? Michael Phelps? Santos Dumont? Monteiro Lobato?Faria Lima ? Elvis Presley? Os Beatles? Jorge Amado? Paul Newman? Tiger Woods? Albert Einstein? Picasso?
Todos esses talentos marcaram a História fazendo o que gostam e o que sabem fazer bem – ou seja – fizeram seu talento brilhar. E portanto são sim insubstituíveis.
Cada ser humano tem sua contribuição a dar e seu talento direcionado para alguma coisa. Está na hora dos líderes das organizações reverem seus conceitos e começarem a pensar em como desenvolver o talento da sua equipe focando no brilho de seus pontos fortes e não utilizando energia em reparar “seus gaps”.
Ninguém lembra e nem quer saber se Beethoven era surdo, se Picasso era instável, Caymmi preguiçoso, Kennedy egocêntrico, Elvis paranoico.
O que queremos é sentir o prazer produzido pelas sinfonias, obras de arte, discursos memoráveis e melodias inesquecíveis, resultado de seus talentos.
Cabe aos líderes de sua organização mudar o olhar sobre a equipe e voltar seus esforços em descobrir os pontos fortes de cada membro. Fazer brilhar o talento de cada um em prol do sucesso de seu projeto.
Se você ainda está focado em “melhorar as fraquezas” de sua equipe corre o risco de ser aquele tipo de líder que barraria Garrincha por ter as pernas tortas, Albert Einstein por ter notas baixas na escola, Beethoven por ser surdo e Gisele Bundchen por ter nariz grande.
E na sua gestão o mundo teria perdido todos esses talentos.
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
Desolation Jones
É uma série escrita pelo motherfucker Warren Ellis - desde um tempo aí um dos melhores escritores britânicos de quadrinhos - e desenhada por vários sujeitos. Uma história episódica sobre espiões, perversões, insônia, filmes pornôs, tecnologia fudida e sadismo sem igual. Los Angeles nunca foi tão porra louca, nem nos melhores livros de Raymond Chandler. Com toques que vão do surrealismo à série 'O Prisioneiro' e Philip K. Dick e filmes dos anos 70 (aqueles violentos e cheios de palavrões), Desolation Jones desponta como um quadrinho que deveria ser publicado urgentemente por aqui (alô, Pixel). E o ótimo blog Vertigem nos trouxe algumas edições dessa série muito foda - que você pode baixar aqui, no Vertigem. Leia e enlouqueça.
30 coisas que eu aprendi lendo quadrinhos
01. Ninguém nunca morre para sempre.
02. Uma roupa colante pode se rasgar em muitos lugares, menos na máscara. A máscara de uma roupa colante é indestrutível.
03. Ninguém é capaz de reconhecer outra pessoa pelo som da voz: até mesmo um marido ou esposa pode falar com seu cônjuge e não reconhecê-lo, desde que ele/ela esteja usando uma máscara.
04. Da mesma forma, nunca ninguém faz testes de DNA para descobrir a identidade de, por exemplo, um criminoso fantasiado que escala paredes.
05. Heróis verdadeiros nunca tentam melhorar o mundo, apenas impedi-lo de ficar pior. Impedir um maluco de uniforme de construir um “raio da morte” é muito mais importante do que, sei lá, acabar com a fome.
06. Ficar obcecado para o resto da vida com uma tragédia do passado e sair por aí espancando pessoas não faz de você um psicopata, mas um herói.
07. Vestir uma roupa de morcego e uma capa não faz você parecer um idiota: faz você parecer ameaçador.
08. Ser herdeiro de uma fortuna significa automaticamente que você nunca vai ter quaisquer problemas de dinheiro, mesmo que não trabalhe e gaste milhões em bases subterrâneas e engenhocas tecnológicas.
09. Nova Iorque é a única cidade do mundo (além de algumas outras como Star City, Central City e Metrópolis que, misteriosamente, não estão no mapa).
10. A existência comprovada de alienígenas, mutantes e deuses não abalaria em nada a fé, personalidade ou cotidiano das pessoas normais.
11. Ser “um monstro, temido e odiado pelo mundo” significa ser forte, lindo e musculoso.
12. Todo mundo que é medianamente inteligente é capaz de inventar portais dimensionais, armaduras tecnológicas e jatos super-tecnológicos. Até mesmo um estudante de segundo grau pode inventar um tipo de cola mágica no porão de sua casa. Se você não consegue inventar nada disso, você é burro.
13. Os melhores cientistas sempre usam roupa colante.
14. Você pode ter o título de “capitão” sem nunca ter qualquer responsabilidade militar.
15. A roupa mais prática para uma mulher lutar é aquela que revela mais do seu corpo.
16. Todos os heróis são bonitos e musculosos, ou, no caso de mulheres, peitudas. Se alguém não preenche estes requisitos, então não é herói – não importa quantas vidas salve.
17. Todas as pessoas que NÃO nasceram nos Estados Unidos falam inglês – mas usam as palavras de suas línguas nativas quando dizem “amigo”, “meu Deus”, “sim”, “não” e “obrigado”.
18. Você pode matar tantas pessoas quantas quiser, desde que vista roupa colante – e será um herói.
19. As pessoas conseguem falar muito mais rápido quando estão saltando. No meio de um salto, é possível fazer um discurso de vários minutos antes de cair no chão.
20. Qualquer treinamento em artes marciais faz de você uma máquina lutadora, capaz de saltar dezenas de metros entre prédios e suportar dezenas de golpes.
21. Estranhamente, ninjas são as coisas mais frágeis do universo – qualquer um é capaz de vencer um ninja com um simples soco.
22. A regra acima não se aplica caso a ninja seja mulher e vista pouca roupa.
23. Dormir é para os fracos. Qualquer um com um mínimo de determinação é capaz de trabalhar o dia inteiro e combater o crime a noite inteira.
24. Para cientistas e médicos, é muito mais importante inventar um “soro do super-soldado” ou uma nova arma do que, por exemplo, curar o câncer ou a AIDS.
25. Um cientista estuda TODOS os ramos da ciência.
26. Repetir seus planos para si mesmo é uma coisa muito engraçada – todos riem às gargalhadas depois de fazê-lo.
27. No Japão só existem ninjas e samurais, e todas as famílias seguem à risca as “tradições ancestrais”.
28. Uma invasão alienígena, genocídio ou praga de demônios não irá preocupar um grupo de heróis caso outro grupo já esteja envolvido no caso. Os heróis sempre confiam muito na competência uns dos outros.
29. Alguém que treina adolescentes problemáticos para serem soldados da sua “utopia racial” não é um maníaco que abusa de menores: é um pacifista que se esforça por seu sonho.
30. Bomba atômica não mata ninguém; só dá superpoderes.
Vi no Omedi.
007 - Quantum of solace
Ainda não tinha visto o novo 007. Gostei do ator. Senti falta logo no princípio da abertura clássica. Impressão minha ou 007 está muito parecido com Jason Bourne? Acho que é a camera que não me deixa ver as lutas, como no ultimate Bourne. A perseguição no início é muito interessante, boa mesmo. A história é... ih, esqueci, desliguei o cérebo, hehehehehe.
No geral, gostei do filme, cumpriu para mim, o papel de um filme que eu estava procurando ontem.
terça-feira, 25 de novembro de 2008
As palavras de: 'Isabel Allende'
"A vida não é uma fotografia, em que preparamos as coisas para que fiquem bem e em seguida fixamos uma imagem para a posterioridade; é um processo sujo, desordenado, rápido, cheio de imprevistos. A única coisa certa é que tudo muda."
Dica de leitura: 'Bandidos'
"Elmore Leonard está mais mórbido do que nunca neste romance em que bandidos nicaragüenses, herdeiros do espólio de crueldades do ex-ditador Anastasio Somoza, vão aos EUA atrás de cinco milhões de dólares, quantia que também desperta a cobiça dos mocinhos da história, um ex-assaltante que agora ganha vida como motorista de funerária, um ex-policial que terminou sua carreira na prisão e uma freira sexy. Desiludidos com a vida, mas ansiosos por novas emoções, eles traçam um plano mirabolante e arriscadíssimo para se apoderarem de muitos milhões de doláres arrecadados nos EUA para ajudar os "Contras" da Nicarágua!"
Você sabe o que esperar de um livro de Elmore Leonard: Diálogos espertos (muito melhores que os de Tarantino, que na verdade imita Elmore), personagens fascinantes (bandidos, tiras, pistoleiros, golpistas), situações que poderiam realmente acontecer, violência, humor e uma prosa a um tempo elegante e coloquial. Nenhum filme até hoje conseguiu ser tão bom quanto os livros de Elmore, embora muitos já tenham sido feitos de sua obra:
Elmore Leonard começou escrevendo westerns, mas foi quando passou ao gênero policial que ele atingiu o posto de um dos melhores em seu gênero. É um dos meus autores preferidos. Um dos poucos onde compro um livro apenas por ter seu nome na capa, sem medo de me decepcionar. E 'Bandidos' é um dos meus preferidos, quiçá um de seus melhores.
Dica de trash: 'A Noite dos Arrepios'
Alienígenas, lesmas famintas por cérebros, nudez parcial, um psicopata com um machado, um detetive metido a noir, vestidos e penteados estilo anos 1980, adolescentes em uma faculdade com muita festa e sem nenhuma aula, muito sangue, muita gritaria, um cachorro muito estranho e um roteiro sem muito sentido. A Noite dos Arrepios faz uma homenagem à cultura B de forma divertida e sem nenhuma pretensão. Assista e ria. É muito trash! A falta de talento do diretor Fred Dekker é compensada pelo seu amor ao material. Afinal, garotas... "A boa notícia, é que seus namorados estão aqui. A má notícia, é que eles estão... mortos." Bwahahahahahaha! Coisa fina