Abarat é o primeiro de uma série de quatro livros de fantasia, escrita e ilustrada por Clive Barker (Livros de Sangue, O Jogo da Perdição) que conta como a menina Candy Quakenbush, moradora da tediosa Galinhópolis, vai parar no arquipélago de Abarat, onde cada ilha corresponde a uma hora do dia. O livro é vendido como uma série infanto-juvenil, mas como os melhores livros infanto-juvenis, ele é mais que isso. As crianças o lerão e ficaram encantadas com os apuros, os amigos estranhos e as coisas maravilhosas que Candy encontra em sua viagem. Os leitores mais adultos perceberam que o livro chega a ser aterrorizante, seja por causa de algumas situações de suspense sufocante pela qual a menina passa, seja pelas criaturas descritas e pintadas por Baker (que poderiam muito bem estar em Raça das Trevas ou Hellraiser, dois grandes filmes que Clive Barker escreveu e dirigiu).
Esse escritor britânico aprendeu bem a lição de Lewis Carrol e Charles Perrault, onde uma história de fantasia tem mais camadas do que muitas vezes os leitores conseguem apreender à uma primeira lida. Na verdade essa é geralmente uma regra para muitos bons livros de qualquer gênero.
Um ótimo livro que, pasmem!, será adaptado em um filme da Disney. Ou pelo menos essa era a idéia original (os executivos do estúdio devem ter se espantado ao ver a história bizarra que Baker lhes entregara, e atrasam a filmagem desde então).
No Brasil, saiu a primeira edição, Abarat, enquanto no exterior já saiu também o segundo livro, Days of Magic Nights of War.
Leitura obrigatória tanto para os fãs de livros de terror, como para os fãs de fantasia e da boa literatura.
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