terça-feira, 1 de janeiro de 2008

bezoez3

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Dr Who Music Video

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Bom para a alma: Viki

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O artista é criador de coisas belas.
Revelar a arte e encobrir o artista é a razão de ser da arte. O crítico é aquele capaz de exprimir de modo distinto e com material diferente a sua impressão das coisas belas.
A forma e crítica mais elevada, como a mais baixa, é um gênero de autobiografia.
Os que só vêem intenções vis nas coisas belas são depravados destituídos de encanto. É um defeito.
Os que admitem intenções belas nas coisas belas são espíritos cultos. Para estes há esperança. São os eleitos, para quem o belo significa unicamente Beleza.
Não existe livro moral nem imoral. Os livros são bem ou mal escritos. Eis tudo.
A aversão do século XIX ao Realismo é a fúria de Caibã ao reconhecer a sua imagem num espelho.
A antipatia que o século XIX vota ao Romantismo é o despeito de Calibã por não ver o seu rosto num espelho.
A vida moral do homem forma parte do argumento e do material do artista. Mas a moralidade da arte consiste no uso perfeito de um instrumento imperfeito. Nenhum artista pretende provar o que quer que seja. A própria verdade pode ser provada.
Artista algum tem preferências éticas. Uma preferência moral, em um artista, é imperdoável maneirismo de estilo.
Não há artista doentio. O artista pode exprimir tudo.
O pensamento e a linguagem são para o artista instrumentos de uma arte.
Vício e virtude representam para o artista a matéria prima da sua arte. Do ponto de vista da forma, o protótipo das artes é a do músico. Do ponto de vista do sentimento, é o talento do ator.
Toda arte é ao mesmo tempo aparência e símbolo.
Os que penetram abaixo dessa aparência o fazem por sua conta e risco.
Os que decifram o símbolo também o fazem por sua conta e risco. A arte reflete o espectador e não a vida.
A diversidade de opiniões acerca de uma obra de arte evidencia que essa obra é nova, complexa e vital.
Quando a crítica discorda, o artista está de acordo consigo mesmo.
Pode perdoar-se a um homem a criação de uma coisa útil, contanto que ele não a admire. A única justificativa para a criação de uma coisa inútil é que ela seja admirada intensamente.
Toda arte é absolutamente inútil.

Oscar Wilde O Retrato de Dorian Gray

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