domingo, 31 de dezembro de 2006

Meu nome é Graig... Daniel Graig

Quem assistir a Casino Royale esperando ver um James Bond sofisticado, infalível e sedutor, capaz de enfrentar os maiores perigos sem ao menos se arranhar, usando e abusando da mais alta tecnologia, quase às raias da fantasia, como nos filmes da série estrelados por Pierce Brosnan (muito bons a seu modo), realmente irá se decepcionar com o mais novo exemplar da série 007.

O que vemos aqui é um James Bond em formação. As lutas são brutais, sempre terminando com sangue e morte. Desde o prólogo, brilhantemente filmado em preto e branco, o que apenas acentua o tom mais realista e a violência cruel. Vemos Bond ser promovido a agente 00 para embarcar de cara numa trama que a principio parece complexa, mas que no fundo nada mais é que a luta contra o mal. O filme só toma algum fôlego lá pela metade, quando chegamos ao Casino Royale. É desse ponto em diante que o filme mais parece com o livro, mantendo muitas das seqüências do mesmo. O filme também ganha pontos ao dar uma maior importância à reviravoltas e espionagem em si, detalhes que haviam ido praticamente esquecidos nos últimos filmes da série. As cenas de ação, no entanto, continuam grandiosas e freqüentes, apenas não são mais o principal.

Daniel Graig lembra mais Sean Connery do que, por exemplo, um Pierce Brosnan ou Roger Moore. Enquanto estes dois últimos eram mais leves e cheios de humor e charme, o Bond de Graig, assim como o de Connery , não tem muito tempo para gracinhas. Assim como os seus antecessores, o Bond de Graig cumprirá sua missão não importando o que isso custe.

Embora Daniel Graig pareça desconfortável em seu terno a maior parte do filme, o que poderia ser interpretado inicialmente como desconforto com o personagem, na verdade é Bond que ainda está aprendendo a ser Bond (Afinal, este é um filme de origem), quando ele disser a frase célebre “Meu nome é Bond... James Bond”, ele mostrará que veio para ficar.

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