BRICK BRADFORD: SE AVENTURA TEM UM NOME...
Histórias movimentadas que praticamente não tinham fim, onde o herói pulava de uma aventura a outra (como veríamos posteriormente em Indiana Jones e 007), viagens no tempo e vilões fantásticos (Dr. Who), o companheiro meio ingênuo e fiel como um cão (como em tantos pulps da época, por demais para mencionarmos aqui), a heroína apaixonada e sempre pronta a ser salva ( pulps etc)... Se aventura tem um nome...
Os diálogos eram meio ingênuos e à sucessão de reviravoltas e perigos muitas vezes faltava verossimilhança – no entanto a atmosfera era perfeita: a sensação de perigo constante bem como os vilões e obstáculos inventivos torna este um clássico pulp dos quadrinhos.
É o tipo de história que deixam babando em nostalgia caras como George Lucas e Steven Spilberg, além de renderem homenagens como Capitão Sky.
Se você acha que há clichês demais, pense de novo. Para se tornar clichê a idéia surgiu primeiro em algum lugar e, bem, surgiu nesta época (durante os anos 30 e adiante) e o que é clichê hoje era novidade e tinham bastante frescor quando Brick Bradford surgiu.
Brick Bradford foi o herói de uma série de histórias em quadrinhos iniciada em 1933, criada pelo escritor William Ritt (um jornalista estabelecido em Cleveland, Ohio) e pelo artista Clarence Gray, sendo originalmente distribuída pela Central Press Association, uma subsidiária da King Features.
A HQ de ficção científica lembrava quadrinhos tais como Skyroads, Buck Rogers e Flash Gordon visto que suas histórias características giravam à roda de temas como dinossauros, vilões intergalácticos, robôs e mundos sub-atômicos. Em meados dos anos 1930 a popularidade de Brick Bradford aumentou grandemente e a série ganhou uma edição semanal iniciada em 24 de Novembro de 1934, bem como já havia começado a aparecer nos suplementos dominicais dos grandes jornais em 1933, 15 meses antes de sua publicação semanal.
Brick Bradford também teve seriado em capítulos para cinema como demonstra o cartaz abaixo.
Em 20 de Abril de 1935, a série Brick Bradford ganhou uma máquina do tempo (no formato de um pião, que tanto podia ir para o futuro quanto para o passado) chamada de Time Top nos quadrinhos (similar àquela de Brucutu), a qual tornou-se um produto básico para a série pelos anos seguintes, bem como significou o primeiro uso regular de viagem no tempo numa HQ..
Posteriormente, a série Brick Bradford foi reimpressa em outras revistas em quadrinhos, visto que a King Features começou a se expandir neste mercado editorial a partir de Abril de 1936 com a King Comics, (juntamente com Zé Fumaça, Henry, Popeye e Pafúncio e Marocas entre outros) bem como com a Ace Comics, de 1947 a 1949. A medida que as histórias antigas eram reimpressas, uma nova série estrelada por Brick foi editada na Standard Comics (juntamente com Fighting Yank e Supermouse), mas a série foi logo cancelada.
Brick Bradford reapareceu em 1960 na King Comics (série original, não reimpressa) junto com outros clássicos como Fantasma e Mandrake. Os quadrinhos também tiveram um filme baseado neles bem como uma série de livros (Big Little Books) e um seriado cinematográfico em 12 capítulos produzida pela Columbia Pictures em 1947.
A série terminou em 25 de Abril de 1987. Ritt havia se cansado de escrever as histórias de Brick em 1948, Gray teve problemas de saúde e parou de desenhar para a série em 1952 e Paul Norris (que mais tarde criou Aquaman e trabalhou nas séries Agente Secreto X-9, Vic Jordan e Jim das Selvas), aposentou-se em 1987.
Foi publicada no Brasil pela sumida Editora Paladino há muito, muito tempo atrás.
Reforçando: Se você curte Indiana Jones, 007, Dr. Who, Capitão Sky, Lucky Star, cientistas loucos, espiões cruéis, robôs assassinos, mundos fantásticos, dimensões paralelas, futuros terríveis, passados inimagináveis... lembre-se: tudo começou em histórias como essa. Não perca.
Fonte: Wikipedia / Brick Bradford em O Roubo dos Planos secretos
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6 comentários:
Esse é do meu tempo não!!!
Mandou muito bem! Post muito original! Nunca tinha ouvido falar de Brick Bradford, embora ele pareça ter sido bem importante para as HQ´s e principalmente para o cinema
Não é do meu tempo também não... hehe... Bacana... Li sobre algo que eu nunca tinha ouvido falar. Bem legal.
Realmente, Brick Bradford superou meu post sobre o Agente Secreto X-9. Se já ouvi falar nele alguma vez, talvez tenha sido no livro Shazam!, de Álvaro de Moya. Mas não recordo mesmo.
Por outro lado, o que não foram os anos 30 para as HQs, não? Todos os grandes ícones parecem ter surgido nesta época. Tanto os que não sobreviveram ao tempo (X-9, Brick Bradford, Jim das Selvas), como maiorais ainda na ativa (Batman, Super-Homem).
Parabéns pelo post.
Por curiosidade achei este blogger, pois um tempo atrás encontrei a revista de numero 9 do Brick Bradforg. Sou daquela época e não me lembrava deste heroi em quadrinhos. Voces conhecem um heroi em quadrinhos de nome MYLAR ? Achei um exemplar dele tambem( n. 4 )da Editora Taika de SP.
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